Jornalismo com Responsabilidade: Um apelo à verdade e à justiça!

No âmbito das celebrações dos 99 anos do jornal “Notícias”, o Reitor da Universidade Técnica de Moçambique (UDM), Prof. Catedrático Severino Ngoenha, deixou uma reflexão profunda sobre o papel do jornalismo na actualidade. 💬 “Os jornalistas devem vingar na interpretação da verdade e na busca constante pela justiça”, afirmou o Reitor, destacando a importância de uma actuação ética, crítica e consciente no exercício da profissão. Durante a sua intervenção, reconheceu o papel histórico do jornal “Notícias” na análise das transformações sociais, políticas e culturais que o país tem vivido. Segundo ele, “a verdade já passou; vivemos hoje na era da pós-verdade”, um tempo em que a realidade é muitas vezes construída colectivamente como uma “verdade para todos”, o que representa um grande desafio para os profissionais da comunicação e intelectuais. 📚 Para Ngoenha, esse novo contexto exige uma atitude crítica e desdogmatizada: “Estamos numa fase escorregadia para os intelectuais. É necessário desdogmatizar as verdades e construir pontes de equilíbrio.” 👉 O jornalista, mais do que nunca, deve ser um intelectual comprometido com a justiça, o equilíbrio e a responsabilidade social. Um agente activo na construção de uma sociedade mais informada, consciente e justa. 📲 Leia a matéria completa aqui: 🔗 https://www.jornalnoticias.co.mz/2025/04/15/99-anos-do-noticias-severino-ngoenha-defende-desdogmatizacao-da-verdade/ #UDM #Jornalismo #PósVerdade #Justiça #SeverinoNgoenha #ReflexõesUDM #UniversidadeTécnicaDeMoçambique #Notícias99Anos  

Costurar a Sociedade: Entre Verdade, Justiça, Reparação e Prevenção 2.ª Edição do Atelier Filosófico – UDM

Realizou-se no dia 9 de Abril de 2025, na Biblioteca Fernando Ganhão da UDM, a 2.ª edição do Atelier Filosófico, coordenado pelo prof. Catedrático Severino Ngoenha, sob o tema “Costurar a Sociedade”. O encontro focou-se nos quatro pilares fundamentais para a reconciliação social: verdade, justiça, reparação e prevenção. A sessão contou com a intervenção da Conselheira de Segurança Humana na Embaixada da Suíça em Moçambique, Monika Nyffeler, que destacou a importância de processos de transição abrangentes, referindo os dilemas entre processo holístico vs. pragmatismo, e entre paz e justiça. Com base na experiência suíça e internacional, Monika Nyffeler defendeu formas de paz que não sacrifiquem a dignidade das vítimas e uma justiça que não comprometa a paz. Nyffeler chamou ainda a atenção para os processos de paz e reconstrução social, destacando que mesmo sociedades tidas como pacíficas, como a Suíça, passaram por guerras e divisões profundas, como os conflitos entre católicos e protestantes. O prof. Catedrático Severino Ngoenha destacou o atelier como um espaço alternativo de diálogo, onde a justiça restaurativa substitui a lógica punitiva. Alertou para os “não ditos” da história moçambicana – como a guerra civil ou o massacre de Homoíne – e sublinhou a necessidade de uma nova mentalidade preventiva, centrada na mediação e no diálogo. O Magnífico Reitor da UDM reiterou a pertinência dos quatro pilares no contexto nacional, reforçando a urgência da verdade eleitoral, da justiça restaurativa, da reparação (com referência ao modelo sul-africano) e da prevenção como atitude cívica essencial. O debate foi enriquecido por intervenções do público. Emério, estudante da Universidade Eduardo Mondlane, defendeu que Moçambique não pode escolher trabalhar apenas com um dos pilares, sob pena de criar fragilidades em outras áreas. Sublinhou que um enfoque holístico é indispensável e que a educação popular sobre os quatro pilares deve ser uma prioridade para qualquer processo de transição. Defendeu a abordagem holística dos pilares. Dalisso Alberto, da Universidade Politécnica, criticou a distância entre o povo e as instituições, defendendo uma profunda reestruturação institucional. Já o Reitor do Seminário Unido de Ricatla, Samuel Ngale, alertou para a resistência do sistema em ouvir vozes competentes e a influência da exploração externa sobre Moçambique. Ngale reforçou que o problema não é falta de pessoas competentes, mas sim um sistema que não quer escutar essas pessoas. Falou sobre uma espécie de oligarquia institucional, onde as decisões são tomadas por interesses restritos, alheios ao bem comum. Destacou ainda o peso das condições geopolíticas internacionais, afirmando que Moçambique continua a ser alvo de uma lógica de exploração económica, que se mantém mesmo após o fim do colonialismo, agora reforçada pelo gás, petróleo e recursos naturais. O encontro terminou com uma chamada à reflexão sobre como “costurar”, de forma verdadeira e duradoura, a sociedade moçambicana. O atelier reafirma-se como espaço essencial de pensamento crítico, diálogo e cidadania activa. A próxima edição acontece na segunda quarta-feira de Maio, na Fundação Fernando Leite Couto (Av. Kim Il Sung, nº 961).

𝐕𝐢𝐬𝐢𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐭𝐮𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐂𝐮𝐫𝐬𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐋𝐄𝐆𝐈 𝐞 𝐋𝐄𝐆𝐌 (𝟓º 𝐒𝐞𝐦𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞) 𝐚̀ 𝐏𝐫𝐨𝐭𝐞𝐜𝐧𝐚

No âmbito do fortalecimento da formação prática e do contacto directo com o sector industrial, os estudantes do 5º semestre dos cursos de Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial (LEGI) e Licenciatura em Engenharia e Gestão Mecatrónica (LEGM) realizaram recentemente uma visita de estudos à empresa Protecna. A visita teve como principal objectivo proporcionar aos estudantes uma visão mais clara sobre os processos industriais e a dinâmica do ambiente produtivo. Durante a visita, os estudantes tiveram a oportunidade de observar de perto os métodos de trabalho da empresa, interagir com profissionais da área e esclarecer dúvidas relacionadas com a prática do dia a dia no sector industrial.

Universidade Técnica de Moçambique celebra o Dia da Mulher Moçambicana

A Universidade Técnica de Moçambique (UDM) realizará, no dia 04 de Abril (amanhã), um evento especial para celebrar o Dia da Mulher Moçambicana, assinalado anualmente a 7 de Abril. A iniciativa acontecerá às 10h30, no Anfiteatro da UDM, e reunirá mulheres inspiradoras para compartilhar suas experiências e reflexões. Sob o lema “A Contribuição da Mulher no Desenvolvimento”, o evento destacará o papel fundamental das mulheres na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 📍 Local: Anfiteatro da Universidade Técnica de Moçambique 📅 Data: 04 de abril de 2025 ⏰ Horário: 10h30 Para mais informações, entre em contato pelo telefone +258 82 3055 178 ou através das nossas redes sociais @udm_mz. #DiaDaMulherMoçambicana #MulheresNoDesenvolvimento #UDM #UniversidadeTécnicaDeMoçambique

O Atelier Filosófico está de volta!

Nesta segunda edição, debatemos “Costurar a Sociedade: Entre Verdade, Justiça, Reparação e Prevenção” com a participação especial de Monika Nyffeler. 🗓️ 9 de Abril | 🕕 18h-20h 📍 Universidade Técnica de Moçambique

𝐀𝐭𝐞𝐥𝐢𝐞𝐫 𝐅𝐢𝐥𝐨𝐬𝐨́𝐟𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐞𝐛𝐚𝐭𝐞 𝐚 𝐉𝐮𝐬𝐭𝐢𝐜̧𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞

No dia 12 de março, a Universidade Técnica de Moçambique (UDM) promoveu mais uma edição do Atelier Filosófico, trazendo à reflexão o tema “𝐀 𝐉𝐮𝐬𝐭𝐢𝐜̧𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞”. O evento contou com a participação do filósofo (UEM) 𝐀𝐳𝐞𝐯𝐞𝐝𝐨 𝐉𝐚𝐜𝐢𝐧𝐭𝐨 𝐖𝐢𝐭𝐧𝐞𝐬𝐬, que destacou a necessidade urgente da 𝐜𝐨𝐧𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐦 𝐚𝐜𝐭𝐮𝐚𝐥. Segundo ele, vivemos em uma sociedade marcada pelo egoísmo, onde a verdadeira justiça só será alcançada quando cada indivíduo se tornar um 𝐚𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐣𝐮𝐬𝐭𝐢𝐜̧𝐚, um “𝐡𝐨𝐦𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐬𝐭𝐮𝐫𝐞𝐢𝐫𝐨”, capaz de construir uma sociedade harmônica e bem alinhada. Witness frisou ainda que não há justiça sem o 𝐦𝐢́𝐧𝐢𝐦𝐨 𝐣𝐮𝐬𝐭𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥, que inclui o acesso a alimentação, habitação, saúde e educação. Dentre esses pilares, ressaltou que a 𝐞𝐝𝐮𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 é a chave para o sucesso de um país, sendo o principal instrumento para a construção de uma sociedade justa e equitativa. O Magnífico Reitor da UDM, 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫 𝐂𝐚𝐭𝐞𝐝𝐫𝐚́𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐢𝐧𝐨 𝐍𝐠𝐨𝐞𝐧𝐡𝐚, reforçou a ideia de que a justiça é uma busca contínua e dinâmica. O que ontem era considerado justo pode não ser mais hoje, exigindo uma reflexão constante da sociedade. Concordando com a visão da justiça como um acto de costura, comparou-a a uma equipe de futebol, onde o sucesso depende do esforço conjunto de todos. Assim, cada indivíduo tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa. Durante o debate, os intervenientes destacaram ainda que a justiça deve começar em casa, sendo um princípio a ser cultivado no dia a dia. Foi enfatizado que cada pessoa deve ser justa consigo mesma para que a justiça se manifeste na colectividade. O Atelier Filosófico reafirmou, assim, a importância da justiça como um processo de construção coletiva, onde cada cidadão, como um alfaiate social, contribui para a costura de uma sociedade mais equitativa e harmoniosa.